quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Fronteira Urbanas

Como o grupo desenvolveu o tema?

Tópicos da discussão: 

1        Cidades Jardim: Definição, características e historia.

2        Village Homes: Definição, características e historia.

3        Leis no Brasil: Condomínios horizontais , condomínio residencial.

4        O Marketing imobiliário

5        O novo Urbanismo: Flórida/EUA

6        Liberdade Vigiada

7        Nova Lima - BH


As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial.
A primeira relação que o grupo fez com outros contextos foi citando os exemplos de Cidades Jardim e Village Homes pelo mundo, de como elas chegaram da Europa para América e de como foi aceita.  Fizeram uma relação também dos condomínios na Flórida, destacando o quanto o marketing do mercado imobiliário é forte nessa região e caracteriza e descreve um Condomínio “ Disney World Celebration”, um projeto que foi minuciosamente projetado. Além de citar a suburbanização americana comparando-a com os condomínio do Brasil. (ex: Nova Lima- BH).
 
Situações de maior interesse.

Village Homes

Empreendimento com preocupação ecológica, motivados pelo movimento ambientalista. Começou a ser construída em 1973 em terras agrícolas com objetivo de criar uma comunidade modelo, com vizinhança, visando sempre as questões ambientais ( conservação de energia, coleta seletiva de lixo, aproveitamento de compostagem, reaproveitamento da agua da chuva, produção de alimentos no local, redução do uso de automóvel).

Village Homes possui cerca de 240 000m2, os espaços residenciais são intercalados com espaços de uso comercial agrícola, pomares, área de escritórios, restaurante, estudo de dança, jardim, piscina, anfiteatros, acesso limitado a carro r livre para pedestres e bicicletas o que incentiva a diminuição do fluxo de carros. 




O Novo Urbanismo

Defende a expansão suburbana, onde aumentando a densidade e permitindo usos múltiplos , estaríamos diminuindo a degradação ambiental, para os ambientalistas o aumento de densidade salva áreas e cultivadas e reservas naturais . Como consequência disso tem o aumento de condomínios fechados.
A desvantagem do Novo urbanismo é que não oferece nenhuma solução para os problemas urbanos já existentes. Em compensação oferece mais uma opção de escolha para a classe média branca.  (Negros e imigrantes são deixados de fora nos EUA)


Por: Carla Moreira

Construtivismo Russo: Política e Arte

Como o grupo desenvolveu o tema?

Tópicos da discussão:

1. Artistas do Suprematismo e Construtivismo Russo.

2. Política e Lenin

3. O.S.A (Associação de arquitetos contemporâneos)

4. Internationale situacionniste: Guy Debord, Asger Jorn e Constant Nieuwenhuys

5. Modernismo x Situacionismo: A nova Babilônia de Constant, Labirinto, Psicogeografia e Deriva, A Sociedade do Espetáculo, Arquitetura Participativa.

6. Estatuto da cidade - Utopia e Antiutopia

7. Jeremy Till e Iain Borden
 
 
Situações de maior interesse:
Em 1919 vários artistas iniciam trabalho com materiais Alternativos para suas criações artísticas.

Suprematismo: Kansdisky
Política e Lenin
1917 Guerra civil (Brancos x Vermelhos). Com o objetivo de enfrentar situação, Lenin cria o “Comunismo Guerra” (1918-1921). A situação começa amenizar quando Lenin funda a NEP - retorno parcial do capitalismo para a economia.
Entre 1925-1930, a construção de novas plantas industriais, planejamento de cidade e de novos conjuntos de moradia social.

O.S.A (Associação de arquitetos contemporâneos) Em 1925, sugimento da idéia de preocupação com moradia comunitária e coletiva.

Edifício Narkomfim (1928)

Milyntin( Cidade linear)
Teria 6 faixas:
1. Zona ferroviária
2. Zona industrial
3. Zona verde( estrada de rodagem)
4. Zona residencial
5. Zona de Parque( voltada esporte)
6. Zona Agrícola

Internationale situacionniste
Iniciado em 1960 por um grupo de jovens franceses que buscavam uma tentativa de teorizar as práticas espontâneas de vivenciar uma cidade. Teve como fundador Guy Debord, que contava com o apoio de vários grupos , entre eles o COBRA, os Psicogeográficos da Alemanha, o MIBI (encabeçado por Asger Jorn), dentre outros artistas.
Asger Jorn Constant Nieuwenhuys
Movimento Europeu de crítica social, cultural e política  apoiada à crítica à sociedade  de consumo e cultura mercantilizada.
Baseava-se numa utopia próxima aos ideais anarquistas.
Fortes críticas à apatia da vida cotidiana e da aceitação na qual as pessoas estavam inseridas.
Necessidade de renovação do pensamento para a espontaneidade.

MODERNISTAS X SITUACIONISTAS
"Construa você mesmo uma situaçãozinha sem futuro."

A nova Babilônia de Constant: Cidade nômade, feita de habitações temporárias, permanentemente remodelada pelo vagar de seus habitantes.
Labirinto: “O lugar labiríntico reside em ser desenhado, só existe enquanto trajeto, travessia. Não se consegue saber se estamos entrando ou saindo, nem reconhecer seus limites e suas fronteiras.”
Psicogeografia e Deriva: A desmassificação da consciência se julgava necessária,  para que essas pessoas pudessem começar a reagir e notar seu próprio espaço e não aceitá-lo como planejadores e projetistas o tinham desenhado.
A Sociedade do Espetáculo: “A arquitetura existe realmente tanto quanto a Coca-Cola: é uma produção envolta em ideologia, mas real, satisfazendo falsamente uma necessidade forjada; ao passo que o urbanismo é comparável ao alarido publicitário em torno da Coca-Cola, pura ideologia espetacular.”
Arquitetura Participativa: O regime da democracia participativa ou democracia deliberativa é um regime onde se pretende que existam efetivos mecanismos de controle da sociedade civil sob a administração pública, não se reduzindo o papel democrático apenas ao voto, mas também estendendo a democracia para a esfera social.

Estatuto da cidade: O Estatuto da Cidade é a denominação oficial da lei 10.257 de 10 de julho de 2001, que regulamenta o capítulo "Política urbana" da Constituição brasileira. Seus princípios básicos são o planejamento participativo e a função social da propriedade.

Modelo de conjunto habitacional - política pública.

Jeremy Till
Sua formação acadêmica em Arquitetura e Filosofia propicia uma visão completamente diferente no que diz respeito a arquitetura. Sua pesquisa é  conduzida através de múltiplos métodos incluindo:
Concepção do edifício - Exposição criativa de idéias - Análise de projetos e artigos - Design
Projetos Morar de Outras Maneiras
Possibilitar a efetiva participação dos usuários envolvidos no processo, não apenas como espectadores, mas como membros atuantes nas etapas decisivas do projeto e da construção de suas próprias habitações.

Iain Borden
Nascido em Oxford em 1962, é um historiador da arquitetura e comentarista urbano.
Formado na Universidade de Newcastle-upon-Tyne, UCL, University of London e da UCLA, e é também um membro honorário do Royal Institute of British Architects.
Atualmente é Vice-Reitor da Bartlett School of Architecture (UCL), e Professor de Arquitetura e Cultura Urbana.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Segregação Sócio Espacial – Habitação Social - Cidades estudadas: Amsterdã, Frankfurt, Berlim e Rio de Janeiro

Como o grupo desenvolveu o tema?
Tópicos da discussão:


1. O capitalismo
2. Ocupação do solo urbano
3. A segregação
4. Experiências habitacionais em Frankfurt
5. Berlim Habitações
6. Amsterdã
7. Segregação no Brasil
Belo Horizonte
Minha casa Minha vida

As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial

Estudando o tema, Segregação e Habitação Social, vemos como o capitalismo surgiu e toda sua influência no mundo atual. Com o capitalismo ocorreu a expansão dos negócios, acumulo de riquezas e, o mais importante, o lucro. E mais uma vez, a Revolução Industrial, tem seu papel na história. A qual estimulou e fortaleceu o sistema capitalista, fazendo com que se espalhasse e desenvolvesse por todo o mundo. Mas nem tudo foi só lucro e avanço, surgiram também, os problemas. Trabalhadores se mudavam a todo o momento para as cidades em busca do “lucro” do capitalismo. Com isso, aumento do número de desempregados e conseqüentemente queda da mão de obra, resultando em baixos salários e segregação sócio-espacial. Proletários vivendo cada vez em condições piores e a burguesia sempre lucrando. Essa se tornou a realidade mundial por muito tempo, até que houvesse melhorias e diversas revoluções. O mundo subiu e desceu em seu nível de vida para a população e, hoje, proletariados ainda sofrem com o baixo nível de renda, mas o Governo já surge com diversos Programas para ajudar e auxiliar.

Situações de maior interesse

1. Minha casa, minha vida
Minha casa, minha vida, é um novo Programa do governo para ajudar família de baixa renda a obter sua primeira casa própria. Comprovando sua renda o comprador pode, então, financiar de dez a trinta anos, pagando quando a habitação estiver pronta ou tendo outras escolhas de pagamento. O Governo tem investido muito nos últimos anos em Programas assim, tentando auxiliar a população de baixa renda e oferecendo novas oportunidades.

O investimento do Governo chegará a 1 Bilhão de Reais e beneficiará famílias com até dez salários. Mas como sempre, nem tudo é simples e sem problemas. Muitos reclamam da Burocracia e Fragilidade da fiscalização, e diversos empreendimentos são entregues sem atender às especificações do Governo, o que deixa muitos duvidosos.




2. Segregação Sócio-Espacial
Segregação Sócio-espacial é denominada pelas diferenças espaciais entre os ricos e pobres. Aumenta visivelmente essa diferença no cotidiano e tem diversas conseqüências como empobrecimento dos laços sócias, efeitos na educação, desigualdade dentro do mercado de trabalho e vários outros.

Mas não é de hoje que a segregação tem sua tradição na sociedade, pois, desde a antiguidade a população já conhecia diversas formar de segregação sócio-espacial. Cidades antigas e suas primeiras formações já possuíam divisões definidas socialmente, o que só mostra o quanto isso vem se agravando ao longo de décadas.
A classe alta só mostra que controla e produz o espaço urbano de acordo com seus interesses, deixando os proletários sem alternativas. Isso nos deixa claro em como a segregação não é somente um fator de divisão de classes, mas também, um instrumento de controle do espaço.









Postado por: ELIZANE REIS




Saneamento - Cidades Estudadas: Ribeirão da Neves - ABC Paulista - Vancouver

Como o grupo desenvolveu o tema?
 
Tópicos da discussão:

1.    Ribeirão das Neves: Localização, dados gerais,  problemas de ordem política  e social, canalização e assoreamento dos cursos d'água e deficiência no sistema de coleta de esgoto e abastecimento de água. Obras do PAC.

2.    Belo Horizonte: Aspectos gerais do saneamento na cidade, Ribeirão Arrudas e Ribeirão do Onça,

3.    Recursos hídricos nas cidades: preservação de recursos naturais X prestação de serviço à sociedade

4.    ABC Paulista: Paralelo entre aspecto regional e aspecto global, localização da Bacia hidrográfica do Alto Tietê, análise urbana geral.

5.    5.1 Vancouver: Localização e dados gerais, saneamento e preservação dos recursos, planejamento e preservação ambiental

             5.2 Bacia do Rio Fraser:Conselho – soluções, desafios e iniciativas


As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial.
 
Foram analisados no trabalho os aspectos problemáticos do saneamento urbano em cada uma das cidades. Bem como as principais fontes de água de cada região e como elas são utilizadas.

Dentre todas as peculiaridades abordadas no trabalho, a maior disparidade se faz em relação ao manejo dos cursos d'água que passam por centros urbanos. A diferença está, basicamente, em tratar o rio (córrego, canal ou similar) como problema a ser escondido e, assim, mais facilmente ignorado; ou como parte do espaço, com significado e sentido na paisagem urbana.

No primeiro caso, se encaixam Ribeirão das Neves, Belo Horizonte e a grande maioria das demais cidades brasileiras, uma vez que esse já se tornou o costume nacional. O Ribeirão Arrudas é um exemplo em Belo Horizonte. O rio foi canalizado e coberto por asfalto sem receber tratamento, dando lugar a uma grande avenida.

Diferentemente dos casos que já conhecemos na Europa, por exemplo, onde os cursos d'água em área urbana fazem parte da vida e identidade da cidade. Chegando, muitas vezes, a se tornarem cartão-postal e ponto turístico.

Vancouver - Canadá

Além disso, é notável a diferença de planejamento e soluções adotadas pelos governos e autoridades locais das cidades analisadas. Se, de um lado, Vancouver possui um Conselho que trabalha pelo uso responsável e preservação da Bacia do Rio Fraser, além de toda a política ambiental da cidade e do Canadá; cidades brasileiras como Ribeirão das Neves, ainda engatinham no desenvolvimento urbano e ainda precisam resolver problemas primários de falta de saneamento básico.

Situações de maior interesse.
 
Problemas de Ribeirão das Neves
Principais problemas:
 
• Insuficiência de investimentos em saneamento;
• A intensa poluição dos recursos hídricos;
• Deficiência no sistema de drenagem (enchentes e erosão);
• Ocupação de várzeas;
• Destinação irregular do lixo, mesmo existindo sistema de coleta;
• Redução de áreas verdes e a poluição do ar.


Todas essas situações existem não somente pela ausência de planejamento, mas pela descontinuidade da atuação administrativa.
Ranking do Saneamento Comparativo da região Metropolitana de Belo Horizonte
 

01 - Índice Atendimento Total de Água(%) = População Atendida com Água / População Total
02 - Índice Atendimento Total de Esgoto (%) = População Atendida com Esgoto / População Total
03 - Índice de Perda Total (%) = Volume de Água Produzido/ Volume de Água Faturado

Fonte: SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO - SNIS 2008
Conselho da Bacia do Fraser - Vancouver
 
ONG composta por 36 diretores, com o objetivo de promover a sustentabilidade da Bacia do Fraser assistindo às comunidades na reconciliação dos interesses sociais, econômicos e ambientais conflitantes.
A Organização acompanha e facilita os processos relacionados à solução de problemas da Bacia. Além de elaborar e acompanhar projetos e ainda, trabalhar pela conscientização da população para a sustentabilidade.

Fronteiras e Condomínios Cidades Estudadas: São Paulo e Palestina

  • Como o grupo desenvolveu o tema?

Tópicos da discussão:


1.Condomínios: discussão da forma de moradia

2. Formas de divisão urbana ao longo da história: divisão cultural, por história ou por status.

3. Evolução Urbana em São Paulo: análise do crescimento urbano ao longo dos anos e as consequências disso na estética visual da malha urbana – segregação urbana.

3.1 Mantendo a ordem dentro do muro

3.2 Condomínios de São Paulo X Community Builders (EUA)

4. Palestina

4.1 História da Palestina e Israel

4.2 O Muro da Cisjordânia

4.3 Assentamentos de Colonos


  • As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial.

Com o tema de fronteiras e condomínios enfatizando nas cidades de São Paulo e na Palestina, o grupo procurou analisar a evolução urbana das cidades para entender a causa da existência das barreiras nessas cidades.

Primeiramente na cidade de São Paulo:

Ao longo da segunda metade do século XX aconteceu à aceleração do processo de urbanização em São Paulo devido ao aumento extraordinário da demanda por espaços urbanos em um mesmo período que tem como consequência o aumento dos preços dos terrenos edificáveis (inicio da especulação imobiliária fora da área urbanizada).

Em um período de 55 anos (1950-2005) a população de São Paulo cresceu 800%. Devido a essa expansão começou uma ocupação das periferias que criaram núcleos centrais próprios, dos quais começaram a surgir os condomínios fechados e loteamentos privados em seus arredores, acabando assim com o conceito de cidade mononuclear. Tais núcleos centrais das regiões mais afastadas possuem serviços tais como shoppings, supermercados, centros de lazer e universidades, de forma que as pessoas não têm mais a necessidade de frequentar a cidade.

Essas novas áreas urbanizadas tendem a se organizar ao longo de grandes eixos rodoviários, como na Via Dutra. Tal organização é em função de indústrias, comércio, serviços, que se dispõem no entorno de tais eixos por sua facilidade de mobilidade e acesso. A população busca nessas novas localidades um modo de vida mais agradável e menores preços, já que a especulação imobiliária na cidade é muito grande, o que gera a dispersão.


  • Situações de maior interesse.

  1. Condomínios

A existência e a conceituação de condomínio nos tempos atuais é um tema que nos chamou atenção durante a apresentação do grupo. As fronteiras e o que simbolizam elas são que mais causam conflitos entre classes nas grandes cidades, já que elas marcam as diferenças entre as classes.

São propriedades privadas para uso de um coletivo restrito e estão isolados por muros, grades, além de serem monitoradas 24 horas por dia a fim de assegurar a segurança da população que habita o condomínio. O que se discuti em relação a esse tipo de moradia é que além de determinar uma segregação espacial e social ele pode ser entendido como uma discriminação a vida pública que está para fora de suas barreiras.


Muros de segregação


  • Barreiras Físicas

Não englobam apenas os muros que demarcam a diferença de classes, como os muros dos condomínios. As barreiras físicas também podem caracterizar uma forma de solução para conflitos e problemas ambientais urbanos. Mas o que interessa mesmo e o que está por trás da ação que levou a construção desse muro.

Em questão de conflitos, o mais famoso que se pode citar é a construção do muro de Berlim durante a Guerra Fria que tinha como o objetivo separar o mundo capitalista do mundo socialista. A derrubada do muro, em 1989, transformou-se numa espécie de ícone da liberdade e da democracia. Agora, falando em problemas ambientais urbanos, a intenção do governo do Estado de São Paulo de construir um muro de 2m de altura ao longo do rio Paraitinga tem como objetivo conter as enchentes que, anos atrás, já destruíram parte da cidade de São Luiz do Paraitinga e de seu patrimônio. Porém a complexidade do caso está em proteger a cidade e seu patrimônio da força das águas, ao mesmo tempo respeitando as suas características construtivas, das quais também faz parte a relação histórica de São Luiz do Paraitinga com o rio.

Alguns exemplos como esses demonstram que a barreira física implica em gerar grandes consequências sejam elas políticas, sociais, urbanas ou ambientais.


Muro da Cisjordânia

Muro de Berlim em 1986

Relatório feito por Ana Claudia Irffi

Reconversão Urbana Puerto Madero – Rio de Janeiro – Docklands - Carlos

  • Como o grupo desenvolveu o tema?


Tópicos da discussão:


1. O que é reconversão urbana?

2. A globalização e a reconversão.

3. Reconversão em zonas portuárias

4. Crescimento dos portos X Crescimento das cidades

5. Objetos de estudo

5.1 Docklands

5.2 Puerto Madero

5.3 Tate Gallery

5.4 Porto do Rio de Janeiro

6. Conclusão

7. Reconversão Urbana em Belo Horizonte


  • As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial.


Primeiramente o grupo discutiu o conceito do tema, reconversão urbana, a fim de introduzir a e inserir o conceito no conteúdo estudado. Assim, reconversão urbana é o processo de recuperação de áreas urbanas que sofrem transformações à medida que a dinâmica urbana é alterada, principalmente com o processo de globalização que influi diretamente no modo de pensar e na cultura da população.

Chega-se a discussão da importância em manter e revitalizar zonas portuárias, já que elas, desde as grandes navegações, são centros financeiros de trocas de mercadorias. Mas para revitalizar é necessário entender o espaço, o capitalismo no qual precisa construir um espaço de tecnologias, infraestruturas, e mão de obra que facilite o acumulo de capital; as mudanças das políticas urbanas; e a mudança do cotidiano local e o consumo do espaço renovado. Além do mais a relação da importância dos portos está diretamente ligada ao crescimento da cidade ao qual ele está inserido, principalmente após a Revolução Industrial, que a troca de mercadorias ficou ainda mais intensa e as cidades começaram a crescer intensamente.

O grupo focou o estudo nos portos de Docklands, zona portuária de Londres, Puerto Madero e no porto do Rio de Janeiro.

Docklands: zona portuária londrina; foi do maior centro da hegemonia do comércio marítimo em no século XIX ao declínio com a crise de 1960, que levou a altas taxas de desemprego. Nesse momento se iniciou um processo de revitalização, instalando os portos longe dos centros, onde o custo de manutenção era menor e isso também gerou mudanças na malha urbana, já que as pessoas procuraram se migrar para perto desses portos. Vários planos do governo surgiram, como o London Docklands Strategic Plan que incentivava a instalação de indústrias locais e a implantaçaõa de habitações com interesse social, e, isso, contribuiu para maiores mudanças.

Puerto Madero: localizado em Buenos Aires, Argentina. Iniciou-se sua construção em 1897, porem devido a problemas a construção foi abandonada e só foi resgata em 1989 com a ideia de resgatar a velha zona portuária para integrar a cidade ao Rio de la Plata. Essa mudança política e econômica proporcionou mudanças na estrutura urbana e marcou, principalmente, a segregação espacial separada visivelmente pela Puente de la Mujer, símbolo d segregação.

Porto do Rio de Janeiro: localizado na cidade do Rio de Janeiro na Baía de Guanabara o porto se tornou principal ponto de troca, importação e exportação, na época da mineração. Mas foi a partir de meados do século XIX que o porto foi sofrendo transformações devido à necessidade em atender o crescimento do comércio .

  • Situações de maior interesse.


1. Porque fazer uma reconversão urbana?

As estratégias propostas de reconversão urbana, em sua maioria são comuns às intervenções estudadas. Ainda com todas as diferenças entre casos, o objetivo de estimados incentivos e os benefícios previstos são os mesmos.

Os principais motivos de transformações urbanas são reabilitação de áreas abandonadas, ou degradadas que perderam a sua função social antiga, reocupar e reutilizar o edificado existente, compactar a cidade consolidada aumentando a qualidade ambiental e a eficiência energética, manter, recuperar, valorizar e requalificar os equipamentos coletivos e o espaço público, reintegrar a paisagem como edificação coletiva e de identidade da população, manter a memória da cidade, restaurar o patrimônio histórico, arquitetônico e paisagístico, valorização do patrimônio cultural material e imaterial, promover melhoria da urbanidade para habitantes e usuários das áreas, e estimular a diversidade de ocupação e a complementaridade de usos e funções, reforçar as funções econômicas e os pequenos negócios, ampliar o acesso à moradia com diversidade social, articular investimentos públicos/privados, uso e ocupação democrática, cidadã e participativa, permanência população residente e atração de novos e reversão do processo de expansão periférica e excludente.


Porto do Rio de Janeiro (uma das zonas portuárias em reconversão estudada pelo grupo)

Porto do Rio de Janeiro


2. Impactos da reconversão

Os objetivos muito nobres, e a par de como realizar a reconversão urbana, baseados em exemplos de outras décadas, contudo as propostas ainda são acompanhadas de criticas.

Algumas são perdas de identidade com a população local, abordagem limitada na medida em que abrange apenas o universo muito restrito de edifícios, a nova retórica reduz a reabilitação urbana a uma oportunidade de negócio, os novos empreendimentos agravaram os problemas sociais da população local. Primeiro, aumentaram o desemprego, pois a maioria dos empregos criados necessita de mão-de-obra altamente qualificada, implantação apenas de moradias de alto custo, crise no sistema de transportes. O tamanho dos empreendimentos, e a falta de infraestrutura, fazendo com o que os acessos não suportassem a demanda de passageiros e entrasse em colapso.

Puerto Madero em 1989, início da reconversão

Puerto Madero em 2011

Relatório feito por Ana Claudia Irffi