quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Viadutos e Moradores de Rua Cidades Estudadas: Belo Horizonte e Londres

· Situações de maior interesse.

  • Como o grupo desenvolveu o tema?

Tópicos da discussão:

1. Londres: evolução urbana, reflexos da Revolução Industrial em questão das habitações.

2. Belo Horizonte: história, crescimento populacional, os moradores de rua.

3. Viadutos

3.1 Londres

3.2 Pelo Mundo

3.3 Belo Horizonte: Pesquisa

  • As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial.

A partir do tema, viadutos e moradores de rua o grupo relacionou o contexto histórico das cidades em questão, Belo Horizonte e Londres, com o quadro social e urbano de hoje.

Londres sofreu sua grande transformação logo após a Revolução Industrial devido à impulsão das fábricas têxteis, construção naval, engenharia civil e a mecânica pesada na revolução industrial. A cidade de Londres concentrou em seu pequeno centro uma grande massa de trabalhadores no século XIX. A esperança de emprego e moradia para suas famílias foram se tornando cada vez mais distantes, pois, a máquina tomava o lugar do homem.

No final do século XIX, quando Londres chega ao seu limite de degradação urbanística e social, são aprovadas leis que favorecem aos trabalhadores, desempregados, crianças e a cidade. Para diminuir o número de moradores de rua em Londres o governo inglês conta com programas sociais, iniciativas privadas e albergues.

Atualmente podemos encontrar dormindo nas ruas da capital Londrina cerca de 4,000 pessoas. Sendo 60% de nacionalidade Britânica.

Em Belo Horizonte, a evolução do capitalismo possibilitou crescimento populacional, relacionado aos deslocamentos migratórios em função da busca de emprego e renda.

Reconhecendo desde então uma crise habitacional, colaborando para o fenômeno social “população de rua”.

Como resposta ao crescimento desordenado e deficiência de políticas habitacionais, pessoas socialmente desfavorecidas e de menor poder aquisitivo recorrem às áreas menos valorizadas, por inexistência de infraestrutura básica e regularização fundiária.

Além da redução da oferta de trabalho e deficiência na prestação de serviços públicos ligados à economia e infraestrutura.

Os sem-teto trabalham como catadores de material reciclável nas ruas e nos lixões, lavando carros, com pequenos trabalhos artesanais e bicos dos mais diversos.

Atualmente em Belo Horizonte, existem cinco abrigos públicos, os quais possuem aproximadamente 800 vagas, onde oferecem cama, comida e local para higienização. Ex: Albergue Noturno na Lagoinha com aproximadamente 300 vagas.


1. Efeitos da Revolução Industrial nas ruas de Londres

O processo de urbanização decorrente da industrialização nasceu com as cidades no período da Revolução Industrial. Com ela, ocorreu um aumento da produtividade pelo uso de maquinário. Junto deste o acúmulo de pessoas no ambiente urbano, ocorreu uma saturação nas grandes cidades, que causou um problema para o poder público que repercute até hoje: o processo de segregação das populações carentes.

As cidades cresceram sem planejamento e a multidão em Londres, sujeita a péssimas condições de vida, se deteriorava juntamente com a cidade. A literatura da época relata seu estranhamento às casas insalubres grudadas umas as outras, as ruas infestadas de pessoas em condição degradante, das massas de miseráveis de todas as espécies. A pobreza que a multidão nas ruas revelava gerava espanto, indignação, fascínio e medo. Essas pessoas excluídas: mendigos, assaltantes, prostitutas, entre outros, representavam um risco a sociedade e sua estruturação em torno do trabalho.




Moradores de rua

  1. Moradores de Rua em Belo Horizonte.

Como cidade planejada, a capital mineira foi projetada a partir de uma divisão em três principais zonas: área central urbana, área suburbana e área rural, para que funcionasse como um sistema no qual a cidade não se expandiria indefinidamente. Porém, nas décadas seguintes, o crescimento populacional fez com que a cidade passasse por novos planos de expansão. Reconhecendo desde então uma crise habitacional como um pertinente problema social.

Como resposta ao crescimento desordenado e deficiência de políticas habitacionais, pessoas socialmente desfavorecidas e de menor poder aquisitivo recorrem às áreas menos valorizadas, por inexistência de infraestrutura básica e regularização fundiária. A falta de planejamento adequado no uso e ocupação do solo urbano faz com que pessoas com baixas condições de arcar com custos urbanísticos busquem ocupar ilegalmente áreas públicas e particulares, como por exemplo: os morros, viadutos e as ruas. Estima-se que sob viadutos e nas ruas da capital vivam aproximadamente 1,2 mil pessoas em condições de miséria, já que os programas de assistência que visam atender e abrigar essa população não atende a quantidade necessária para retirar todos dessa precariedade. 


Viadutos servindo como moradia

Relatório feito por Ana Claudia Irffi

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