· Situações de maior interesse.
- Como o grupo desenvolveu o tema?
Tópicos da discussão:
1. Londres: evolução urbana, reflexos da Revolução Industrial em questão das habitações.
2. Belo Horizonte: história, crescimento populacional, os moradores de rua.
3. Viadutos
3.1 Londres
3.2 Pelo Mundo
3.3 Belo Horizonte: Pesquisa
- As correlações entre os contextos brasileiro, belo-horizontino e mundial.
A partir do tema, viadutos e moradores de rua o grupo relacionou o contexto histórico das cidades em questão, Belo Horizonte e Londres, com o quadro social e urbano de hoje.
Londres sofreu sua grande transformação logo após a Revolução Industrial devido à impulsão das fábricas têxteis, construção naval, engenharia civil e a mecânica pesada na revolução industrial. A cidade de Londres concentrou em seu pequeno centro uma grande massa de trabalhadores no século XIX. A esperança de emprego e moradia para suas famílias foram se tornando cada vez mais distantes, pois, a máquina tomava o lugar do homem.
No final do século XIX, quando Londres chega ao seu limite de degradação urbanística e social, são aprovadas leis que favorecem aos trabalhadores, desempregados, crianças e a cidade. Para diminuir o número de moradores de rua em Londres o governo inglês conta com programas sociais, iniciativas privadas e albergues.
Atualmente podemos encontrar dormindo nas ruas da capital Londrina cerca de 4,000 pessoas. Sendo 60% de nacionalidade Britânica.
Em Belo Horizonte, a evolução do capitalismo possibilitou crescimento populacional, relacionado aos deslocamentos migratórios em função da busca de emprego e renda.
Reconhecendo desde então uma crise habitacional, colaborando para o fenômeno social “população de rua”.
Além da redução da oferta de trabalho e deficiência na prestação de serviços públicos ligados à economia e infraestrutura.
Os sem-teto trabalham como catadores de material reciclável nas ruas e nos lixões, lavando carros, com pequenos trabalhos artesanais e bicos dos mais diversos.
1. Efeitos da Revolução Industrial nas ruas de Londres
O processo de urbanização decorrente da industrialização nasceu com as cidades no período da Revolução Industrial. Com ela, ocorreu um aumento da produtividade pelo uso de maquinário. Junto deste o acúmulo de pessoas no ambiente urbano, ocorreu uma saturação nas grandes cidades, que causou um problema para o poder público que repercute até hoje: o processo de segregação das populações carentes.
As cidades cresceram sem planejamento e a multidão em Londres, sujeita a péssimas condições de vida, se deteriorava juntamente com a cidade. A literatura da época relata seu estranhamento às casas insalubres grudadas umas as outras, as ruas infestadas de pessoas em condição degradante, das massas de miseráveis de todas as espécies. A pobreza que a multidão nas ruas revelava gerava espanto, indignação, fascínio e medo. Essas pessoas excluídas: mendigos, assaltantes, prostitutas, entre outros, representavam um risco a sociedade e sua estruturação em torno do trabalho.
Moradores de rua
- Moradores de Rua em Belo Horizonte.
Como cidade planejada, a capital mineira foi projetada a partir de uma divisão em três principais zonas: área central urbana, área suburbana e área rural, para que funcionasse como um sistema no qual a cidade não se expandiria indefinidamente. Porém, nas décadas seguintes, o crescimento populacional fez com que a cidade passasse por novos planos de expansão. Reconhecendo desde então uma crise habitacional como um pertinente problema social.
Como resposta ao crescimento desordenado e deficiência de políticas habitacionais, pessoas socialmente desfavorecidas e de menor poder aquisitivo recorrem às áreas menos valorizadas, por inexistência de infraestrutura básica e regularização fundiária. A falta de planejamento adequado no uso e ocupação do solo urbano faz com que pessoas com baixas condições de arcar com custos urbanísticos busquem ocupar ilegalmente áreas públicas e particulares, como por exemplo: os morros, viadutos e as ruas. Estima-se que sob viadutos e nas ruas da capital vivam aproximadamente 1,2 mil pessoas em condições de miséria, já que os programas de assistência que visam atender e abrigar essa população não atende a quantidade necessária para retirar todos dessa precariedade.
Viadutos servindo como moradia
Relatório feito por Ana Claudia Irffi
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